Fala, galera franciscana! Nesse texto vamos refletir sobre
o finalzinho do Documento Preparatório para o Sínodo sobre os Jovens do ano que
vem. Espero que gostem, preparei com muito carinho... “Bora” ver o que o
documento tem a nos dizer?
A última parte de
nosso Documento Preparatório do Sínodo começa com essa pergunta: “O que
significa para a Igreja acompanhar os jovens e acolher a chamada para a alegria
do Evangelho, sobretudo numa época marcada pela incerteza, pela precariedade e
pela insegurança?” Baseado nesse questionamento, os bispos reúnem alguns
elementos a considerar nessa super
missão que a Igreja tem de ir ao encontro das Juventudes.
Caminhar com os jovens
Em primeiro lugar, é preciso caminhar com os jovens. Sair
dos modelos pré-fabricados, dizem os bispos, e ir lá onde a galera estiver; com
seus ritmos e suas realidades. Caminhar é também ajudar os jovens a construir a
sua história e dar um sentido para suas vidas. Para caminhar com os jovens,
precisamos nos dar conta de que não vamos encontrar todos nos lugares habituais
das comunidades, ou seja, precisamos sair de nossas casas e comunidades e
discernir onde é que a juventude está.
Os bispos sugerem três ações nessa tarefa de caminhar: primeiro
sair, do jeito que já falamos acima;
depois ver a realidade, ouvir as
histórias, compartilhar as dores e as alegrias com os jovens; para então chamar para uma vida perto de Jesus,
despertar o desejo no jovem de seguir Jesus Cristo e seu projeto de amor.
Chamar é, em primeiro lugar, cativar; e não ditar normas e regras de
comportamento a cumprir.
Sujeitos
Deus chama para estar perto Dele a todos os jovens, sem
exclusão nenhuma. Todos são convidados e convidadas a fazer parte do grande
grupo dos amigos de Deus. A comunidade eclesial é chamada a ser a base para que
os jovens encontrem acolhida e possam fazer uma experiência de Deus. O que
acontece é que em algumas comunidades, ao invés de testemunhos, vemos
contratestemunho, o que dificulta o encanto e o desejo dos jovens de seguirem
sua vocação e missão na comunidade.
O DPS cita algumas características que devem ter quem
acompanha as juventudes, especialmente em processos de discernimento
vocacional. Figuras autoritárias e manipuladoras não tem espaço no trabalho com
os jovens. Isso causa dolorosas marcas nas juventudes. Além disso, quem
acompanha os jovens precisa dar testemunho de participação eclesial, ou seja,
precisa levar uma vida comprometida com a comunidade e o Reino de Deus.
Figuras como os próprios pais e mães, os sacerdotes e
também os professores exercem papel fundamental no acompanhamento dos jovens e
precisam ser devidamente formados para tal.
Lugares
Como já foi dito, não dá para ficar trancados nas
comunidades, nas salinhas da catequese, esperando que os jovens venham até a
comunidade espontaneamente. Antes, é preciso ser criativo, inovador, e às vezes
ousado em buscar meios de chegar aos jovens onde eles estiverem. As
universidades e escolas católicas tem uma missão especial de ser essa ponte
entre o mundo dos jovens e a Igreja. Nas paróquias, afirmam os bispos, já se
fazer trabalhos de foco nas juventudes, mas é preciso ir além, pois talvez
nossa forma estática de fazer as coisas não esteja atraindo e cativando os
jovens.
Merece importância ainda, segundo os bispos, os new media, isto porque tem uma galera
imensa que passa boa parte do seu tempo em redes socais, e nós precisamos
marcar presença como Igreja nesses “novos areópagos”, como dizem os bispos.
Instrumentos
Elementos como a linguagem a utilizar na nossa atividade
pastoral, linguagem que seja próxima dos jovens, que não sirva para afastá-los,
que saiba dizer de modo claro e sem rodeios a mensagem de Jesus Cristo, que é
sempre nova e atual.
Além da linguagem, a atenção à evangelização e aos caminhos
que trilhamos enquanto Igreja em relação aos jovens. Precisamos romper alguns
comportamentos padronizados pelo enrijecido critério do “sempre foi feito
assim”. Juventude quer novidade, quer criatividade, quer dinâmica.
Porém, o jovem não quer só isso: quer também um encontro
íntimo com Deus, através de uma boa espiritualidade. Precisamos, como jovens
atuantes na Igreja, cativar outros jovens com a nossa maneira de ser e com a
nossa forma de rezar, com nosso silêncio, com nossa oração, com nossa prece.
Somos jovens de Deus, temos de mostrar ao mundo para que viemos, e viemos para
anunciar o amor!
Maria de Nazaré
Como já é tradicional, os bispos encerram o Documento
Preparatório com o belo exemplo de vocacionada, Maria de Nazaré, que respondeu
SIM ao convite de Deus e deixou-se guiar por Ele, mesmo quando nem tudo era tão
claro e fácil assim. Maria também foi jovem como nós. E foi justamente na fase
da juventude que ela precisou tomar uma grande decisão, a maior decisão da
história da Humanidade: ser a mãe do Salvador. Quem confia em Deus, não tem o
que ter medo. Maria nos ensina a confiar na bondade de Deus, sempre!
Para fim de papo...
Então, galera, nosso estudo sobre o Documento Preparatório
para o Sínodo dos Bispos, em outubro de 2018, chegou ao fim. Mas devemos
continuar ligados, porque ano que vem promete. A Igreja vai estar rezando e
lembrando com muito carinho de nós, jovens. Somos queridos pela Igreja, temos
nosso lugar!
Espero que tenham aproveitado os outros textos. Caso
queiram reler, ou ler algum que não viram, é só entrar na aba “Frei Renan” aqui
do blog, que os textinhos estão disponíveis lá!
Desejo muita luz para vocês e que São Francisco e Santa
Clara intercedam por nós, jovens! Amém!
Paz e Bem!
Frei Renan Espíndola, OFMCap.
Pelotas, RS.
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