ANO DO LAICATO NO BRASIL


Paz e Bem, Juventude Franciscana!

Estamos chegando até vocês nesse ano que se inicia, pedindo a bênção e a proteção de Deus para continuarmos juntos nesse caminho tão bonito que é seguir Jesus Cristo do jeito de Francisco e Clara de Assis. Vocês já devem estar sabendo que nossa Igreja no Brasil está celebrando o Ano do Laicato.
No texto de hoje, vamos falar um pouco sobre esse ano e as intenções da Igreja ao propor a vivência desse tema.

Ano do Laicato na Igreja do Brasil


Desde o dia 26 de novembro de 2017, na festa de Cristo Rei, todos nós, como Igreja no Brasil, assumimos o Ano do Laicato, que vai até o dia 25 de novembro deste ano de 2018, quando fecharemos o ano litúrgico. Quando a Igreja propõe que se faça um movimento maior em torno de uma temática específica, é porque ela precisa ser refletida e destacada nas nossas partilhas e na nossa prática. Por isso um ano dedicado à reflexão sobre o papel dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade deve gerar em nós uma curiosidade para aprofundar mais nossa formação.


Os leigos na Igreja e na Sociedade


“Homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja”, é assim que o Documento da conferência latino-americana de Puebla, no 786, entende a tarefa dos cristãos leigos e leigas no mundo e na Igreja. Os leigos formam o grande corpo da Igreja que tem Cristo como cabeça. Por isso, faz todo sentido que sejamos, enquanto leigos e leigas, transmissores da mensagem de Jesus Cristo onde quer que a gente esteja situado, seja no trabalho, seja na administração familiar, seja na Política, etc.

O termo leigo ao longo da história sofreu algumas compreensões equivocadas, significando por vezes unicamente quem não pertencia ao clero e à hierarquia da Igreja por não possuir conhecimentos suficientes para tal. Contudo, a verdade é que a vocação à vida laical é tão digna e importante na
Igreja quanto a vocação sacerdotal ou religiosa. Ser leigo, galera, para nós, católicos, não é sinônimo de despreparo ou ignorância frente a determinados assuntos, mas é uma vocação, um dom de Deus concedido àqueles que se deixam guiar pelos Seus projetos.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou em 2016 o Documento de número 105, com o tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, com o objetivo de despertar e animar sempre mais os leigos para que sejam “sal da terra e luz do mundo”, como pede Jesus no Evangelho. Descobrir que temos um papel importante na Igreja e que a Igreja é feita por cada um de nós, trabalhando e rezando juntos pela construção do Reino de Deus, este é o grande passo que devemos dar nesse sentido.

Para a Igreja, o cristão leigo e leiga não deve ser mero objeto na caminhada da Igreja, mas devem ser sujeitos de transformação e conversão no interior e fora dela, como testemunho. O documento 105 traz vários avanços que a Igreja teve nos últimos tempos em relação ao papel dos leigos como, por
exemplo, a formação de grupos bíblicos e de estudos, escolas de teologia e organizações com consciência missionária. Mas tivemos também alguns retrocessos, como a omissão de cristãos leigos católicos na atuação de estruturas e realidades do mundo, na política; e ainda carência de unidade,
por meio das “guerras entre leigos”, quase sempre causadas por questões ideológicas desnecessárias.

A importância dos jovens leigos


Falamos também da necessidade de lideranças jovens no interior da Igreja. Em diversos lugares já acontece de muitas comunidades serem conduzidas por lideranças jovens. A Igreja aposta muito nos jovens, na formação de leigos e leigas jovens, que estejam dispostos a assumir a causa do Evangelho. Para isso, a Igreja no Brasil dispõe de algumas oportunidades de missão em terras brasileiras (Amazônia, por exemplo) e em terras estrangeiras (como a África), missões estas que tem sido abraçadas em grande parte por jovens.

Ainda no campo social, é preciso assumirmos nossa missão, ir em busca daquele Reino de amor e fraternidade proposto por Jesus Cristo. É preciso sair da zona de conforto e lutar por mais justiça, mais respeito, mais dignidade para as pessoas. Segundo o documento 105, é aí que precisamos mostrar nosso rosto, enquanto leigos e leigas, especialmente nós, jovens, enquanto protagonistas da ação evangelizadora.

Vejam, portanto, que precisa estar claro para os leigos que eles não são objetos na evangelização da Igreja, mas são sujeitos, agentes de transformação. Se os bispos, sacerdotes e diáconos bem como os religiosos e religiosas são dotados de uma missão específica (por causa de uma vocação específica), também os leigos e leigas são dotados de uma missão para a qual Deus chama – vocação.

Para fim de papo...

Tendo presente este belo ano que estamos vivendo na Igreja do Brasil, o ano do Laicato, vamos buscar nos apropriar daquilo que a Igreja pede de nós, leigos, enquanto sujeitos de evangelização.

Nós, jovens, somos chamados de modo especial pela Igreja, a sermos sal da terra e luz do mundo. Que a gente não se omita na nossa tarefa de cristãos leigos e cristãs leigas, comprometidos com o Reino de Deus.

Que Deus abençoe nosso ano, e que saibamos assumir nossa tarefa como protagonistas da missão de Jesus no mundo. Um salve fraterno a todos, que Deus abençoe a cada um e cada uma.

Paz e Bem!

Frei Renan Espíndola, OFMCap.
Pelotas, RS.

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