A VOCAÇÃO DOS LEIGOS JOVENS NA IGREJA E NA SOCIEDADE
Paz e Bem, Juventude Franciscana!
Estamos vivendo na Igreja o Ano do Laicato, momento em que todos
somos convidados a refletir um pouco mais sobre o chamado de Deus à
vocação laical. Vamos ver que o termo “leigo” na linguagem eclesial não tem a
conotação que o senso comum coloca, identificando leigo como sinônimo de
desconhecimento de causa, ignorância de algum assunto e afins. Vamos ver
também algumas dicas valiosas para assumirmos nossa missão de leigos e
leigas na Igreja e na Sociedade. “Bora” nessa?
O que significa o termo “leigo”?
Ao contrário do que muitos pensam, o termo “leigo” vem do grego
“laos”, que quer dizer “povo”. Logo, leigo não é sinônimo de desavisado,
desatualizado ou ignorante de algum assunto. Na vida da Igreja, o termo
aparece para identificar aquela vocação bem específica de quem não assumiu
o ministério ordenado nem a vida religiosa consagrada, mas está na Igreja,
servindo e trabalhando pelo Reino de Deus tanto quanto as demais formas
de vocação.
Qual a missão dos leigos?
Os leigos são chamados a uma missão muito importante na Igreja e na
Sociedade. Na vida da Igreja eles participam do sacerdócio comum dos
fiéis, ou seja, por vocação, desde o batismo, os leigos são chamados a serem
“sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-16). O que significa ser sal e luz?
Significa principalmente ser uma diferença boa no mundo.
Dentro da Igreja existem muitas maneiras de sermos sal da terra e
luz do mundo: Por exemplo, a juventude pode formar grupos de jovens que
se reúnam e partilhem a Palavra e os ensinamentos de Jesus. Podem, além
disso, promover gestos de caridade e motivar todo o povo de Deus para o
comprometimento com os mais pobres. Podem ajudar na vida da comunidade,
nas pastorais e serviços, na liturgia, nas questões de tecnologia e
informação, etc.
Fora da Igreja, os leigos são os responsáveis por levar o rosto de
Jesus a todos os que possivelmente não o conheçam. Existem muitas pessoas
que nem sabem o que Jesus ensinou e acabam emitindo alguns juízos não
verdadeiros sobre a vida cristã. Por isso, nosso jeito de ser cristão, nosso
jeito jovem de ser Igreja tem de motivar outras pessoas para que assumam
a fé em Jesus Cristo.
Não se trata de querer “converter” todos quantos se aproximarem de
nós. Trata-se, antes de mais nada, de ser um testemunho bonito lá onde
estamos, nos locais menos apropriados às vezes para falar de religião. Não
podemos esquecer nunca do que Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “A
minha vocação é o Amor”. Se cada um de nós, leigos (as) jovens, decidirmos
assumir por vocação o amor de Deus, poderemos transformar o mundo como
ninguém jamais imaginou.
Não podemos falar na missão dos leigos sem tocar nos assuntos
sociais: vivemos hoje uma crise de boas lideranças políticas que assumam o
bem comum, objetivo da Política verdadeira, como sua meta principal.
Precisamos de pessoas engajadas na Política. A Igreja orienta na sua
Doutrina Social a que os leigos estejam envolvidos no diálogo político e
busquem serem porta-vozes de todos, especialmente dos mais pobres.
Jovens, não podemos deixar de acreditar na nossa capacidade de mudar o
mundo para melhor. É possível, com dificuldades, sim, com certeza, mas não
tenhamos dúvidas de que o Reino de Deus passa pelas nossas mãos e pela
nossa vida.
Para fim de papo...
Vimos o quanto os leigos são importantes na vida e na missão da
Igreja. Sem os leigos não há razão de ser para a Igreja. Todos juntos,
leigos, consagrados, diáconos, padres, bispos e o papa, somos a Igreja que
Cristo mesmo desejou e anunciou.
Que esse Ano do Laicato possa nos ajudar a compreender sempre
mais a missão que temos, cada um no seu lugar, desempenhando sua tarefa,
para que o Reino de Deus, de amor, de paz e justiça, possa ser uma
realidade no meio de nós!
No meu canal no YouTube (Frei Renan Espíndola), já falei em um vídeo
sobre os leigos e um pouco de sua missão na Igreja também. Podem acessar
e assistirem!
Um salve fraterno a cada um e cada uma, com a bênção de Deus por
intercessão de Francisco e Clara de Assis!
Amém!
Frei Renan Espíndola, OFMCap
Pelotas, RS.
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