Sem gosto nada se faz.
Para poder se achegar a Deus será preciso um certo gosto de Deus.
Há pessoas que não têm ou dão a impressão de não ter gosto de Deus. Deus não lhes diz nada. Para elas não corresponde a nada. Impossível falar-lhes de Deus.
Há, de outro lado, aqueles que experimentam alegria pelo simples fato de pensar em Deus. São esses que experimentam necessidade de amar e de amar não a qualquer um, a alguém passageiro e imperfeito, mas o Bem perfeito. Desejam, efetivamente, poder se entregar totalmente a ele e de entrar em sua alegria. Entram em sua alegria. O Bem as a trai. Têm o gosto de Deus.
A atração por Deus é experimentada de várias maneiras.
Pode ser uma claridade, um calor, uma atração experimentada que nos chama a buscar sua presença, a entrar ou permanecer em contato com ele.
Como isto pode se dar? Pode ser o sofrimento do vazio, a angústia que busca um coração a amar, o quase desespero em buscar a verdade. Há esse gosto pelo fervor que vem de Deus.
O gosto de Deus é também necessidade de viver com ele: que ele esteja comigo ou em mim, que eu esteja com ele e nele.
É a atração da amizade divina da vida verdadeiras.
Vaidade das vaidades, tudo é vaidade… menos Deus, o ser que não se divide e não pode ser limitado, luzente em sua plenitude sem sombra.
Há pessoas que parecem apreciar a vida em sua espuma. O homem que procura sua vida em alimentos mais ricos: em afetos profundos, na verdade e na probidade, na sabedoria, na justiça, nos atos retos e mais corretos possíveis: este homem vê sua vida se aprofundar e ao mesmo tempo se simplificar.
Em lugar de se derramar na atração pelas coisas passageiras, haverá de recolher-se em si mesmo e se alegrará menos em ter e mais em ser.
Dom Germain Barbier, OSB
http://www.franciscanos.org.br/?p=63638
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário! A Juventude Franciscana alegre-se em receber sua mensagem! Gratidão! Paz e Bem.