PÁSCOA: QUANDO O AMOR RESSUSCITA


Paz e Bem, galera de Francisco! Estamos em plena Semana Santa. Uma semana, de fato, de muitas bênçãos e com uma espiritualidade envolvente. Francisco de Assis sempre teve muita devoção pela celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Nós, como seguidores de Francisco, somos convidados a olhar com carinho para essa Semana Abençoada e refletir sobre alguns elementos de grande valia para nosso carisma. Vamos nessa...
O Amor que se entrega
Quando chegamos à liturgia da Semana Santa, um aspecto nos salta aos olhos. A que ponto Deus pôde chegar por causa de nós! Se quisermos, a que ponto Deus pôde chegar por causa de mim! Olhando para a cruz, e rezando a Via Sacra, percebemos o quanto Jesus sofreu para garantir vida a cada um de nós. Francisco teve esse sentimento muitas vezes. Perceber que tudo aquilo foi por nossos pecados, para nos salvar; em resumo, porque ele nos ama.
O profeta Isaías irá dizer na liturgia desta semana: “O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem voltei atrás” (Is 50, 5). Mais tarde, essa leitura será associada a Jesus, o Servo Sofredor, que por amor aceitou sofrer e morrer por nossa causa. Aceitação da vontade de Deus, aliás, é um dos grandes ensinamentos de Cristo para nós neste tempo de graça. Até que ponto eu me disporia a aceitar a vontade de Deus para minha vida? É um questionamento que devemos nos fazer.
Acaso um pai deseja a morte de um filho?
Será que a vontade de Deus foi ver Jesus sofrer tudo o que sofreu na cruz? Pode Deus pensar assim? Se não buscamos entender corretamente o que vem a ser VONTADE de Deus, podemos cair no desespero de pensar que Deus não amou seu Filho Jesus. No entanto, veremos que é o oposto, Ele o amou muito.
A vontade de Deus jamais foi ver seu Filho morrer na cruz. A vontade de Deus foi que Jesus mostrasse ao mundo todo o quanto Ele ama a cada um de modo especial. Deus quis mostrar através de Jesus, que Ele é Amor incondicional, ou seja, não apresenta condições para nos amar. Deus quer a vida e vida em plenitude para todos. Entretanto, se para poder mostrar isso ao mundo, Jesus precisasse morrer, então por amor e para mostrar o amor do Pai, Jesus aceitaria tudo, inclusive morrer na cruz.
Desse modo, galera, tenhamos presente em nossos corações que a vontade de Deus não é a morte, mas a vida. É por isso que a Semana Santa não termina na Sexta-Feira da Paixão. Porque algo a mais aconteceu. O amor venceu tudo, inclusive a morte.
Quando o Amor vence a morte
Se nossa fé cristã terminasse na morte de Jesus, então vã ela seria, já nos disse São Paulo. Mas é porque ela não acaba aí na morte que vale a pena acreditar em Jesus e segui-lo. A ressurreição é, sem sombra de dúvidas, aquela prova de amor de que Deus quis dispor para nos dizer “Eu estou contigo, nunca te abandonei, mesmo quando no teu silêncio tu me dirigiste aquela pergunta ‘por que me abandonastes? ’”.
O Evangelho de São João nos diz que no domingo, ainda de madrugada, alguns dos discípulos foram ao sepulcro de Jesus. Chegando lá já não encontraram seu corpo, porque ele tinha ressuscitado. Mas o que chama a atenção nesta passagem é as duas palavras referentes ao próprio João: “Viu e acreditou”. Ainda meio sem entender, vai dizer mais pra frente, porque eles ainda não tinham compreendido as escrituras. Mas e nós? Como anda nossa fé em Jesus vivo e presente na nossa vida?
Celebre com festa a presença de Jesus na sua vida
No final das contas, meu irmão e minha irmã, a Páscoa é o momento de celebrar mais uma vez e de maneira totalmente nova, a presença de Deus na nossa vida. Um Deus que nos ama, que se entregou a sofrimentos horríveis para nos salvar, para nos garantir uma vida com dignidade. Um Deus que não se cansa de nos perdoar. Um Deus que está sempre buscando uma forma de se comunicar conosco.
Devemos celebrar! Celebrar porque temos na ressurreição, a convicção de que a vida nos garante um eterno bem ao lado de Deus, nosso Pai.
Que a Páscoa, nos dê muita força para olharmos para a vida do jeito de Francisco de Assis, buscando fazer sempre e em todo momento a vontade de Deus.
Feliz Páscoa!
Frei Renan Espíndola, Pelotas/RS.


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