Que bom que são os intervalos



 “Não há ninguém no mundo que seja feliz no erro.”

A vida vai acontecendo entre erros e acertos. Tudo ensina. Até as dores são pedagógicas. Se não existissem as dores, a vida seria um tanto superficial. Quando chega o sofrimento, é hora de recolher-se e avaliar palavras, atitudes, buscas e sonhos. Todo aquele que tropeça está aberto para continuar no caminho.

Permanecer no erro é até falta de inteligência, pois a vida estará comprometida. Refazer-se dos erros não é impossível. Para tanto, não basta apenas os recursos racionais. É preciso encantar-se novamente, através do perdão. Perdoar-se não é uma receita e nem um mero conselho. É um exercício com resultados surpreendentes.

A felicidade se torna mais consistente quando a pessoa se refaz das falhas cometidas. O erro rouba o sabor e a felicidade se distancia. Se provou do outro lado, tem como tirar as próprias conclusões e fortalecer as convicções. Se o ‘destino’ de cada um é a felicidade, não há motivos para gastar energias com o que torna a vida um tanto amarga e faz o coração chorar.

O erro é o ‘lugar’ dos desesperados, daqueles que não têm clareza das buscas e nem fascínio pela alegria de viver. Além de aprender com o erro não tem mais nada a ser feito. Permitir-se repetir os mesmos erros é um atraso; é uma forma de desconsiderar a essência do viver. Não são poucos os que de tanto errar desacreditaram da felicidade.

O humano é passível de erros, faz parte até da constituição existencial. A superação é uma dadiva alcançada por corações sensíveis e ‘teimosos’: viver na felicidade é a escolha mais aguardada pelo que há de mais sagrado na interioridade de cada um.

Frei Jaime Bettega
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