Maldade


No inicio da sua conversão, quando ainda era jovem, São Francisco de Assis concebia o universo como algo perfeito e desprovido de maldade. Ele o imaginava alegre, livre de sofrimentos e isento de ignorância. Um mundo cujas grandes inteligências repeliam as superstições e o progresso abominava a corrupção. Ele imaginava um mundo onde o bom-senso convivia lado a lado com a justiça e a união e a cooperação prevaleciam entre os homens. Porém, após verificar que o céu por ele concebido era diferente da realidade mundana, ele percebeu que qualquer tipo de líder pode capturar o poder, menos o líder de espírito. Que o homem honesto é forçado à trapaça. Que o impostor usufrui influências. E que o povo é acorrentado às leis e tradições parciais. Que a religião verga-se ante os costumes mais opressores. E que os homens não seguem a luz de seus próprios pensamentos ou o que lhes possa ditar seus próprios corações. Chegada a velhice, São Francisco refletiu sobre a realidade mundana e chamou esses nossos hábitos de maldade. E descansou deles, sozinho numa gruta de Assis. No seu corpo foram encontradas cinco chagas, como as de Jesus Cristo.

In: O que Dizem os Santos,  Durval Baranowske e Pe. Hélio Soares publicado pela editora A Partilha, 2010.

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