Vocação, Jovens e Francisco


O mês de agosto é para a Igreja Católica, especialmente no Brasil, dedicado à oração pelas vocações. É uma parcela de dias do nosso calendário com os quais se enfatiza a propaganda da ação de Deus entre nós, no seio de nossas famílias e comunidades, cidades e sítios, entre outros locais.

Vocação é o chamado. É o apelo que Deus faz ao ser humano para segui-lo mais de perto e com amor. São muitos os seres humanos chamados por Deus. Toda pessoa a quem o Pai destina o seu apelo costumamos denominar de vocacionado.

Vocacionado é o homem ou a mulher, não importando a idade, a raça ou a cultura, chamado a fazer da sua vida uma graça e uma manifestação da bondade do Senhor, dono da messe.

A vocação é dom de Deus e não propriedade particular. Trata-se de um presente a ser acolhido por nós e repartido com os outros. É uma forma simples que Ele nós dá de provar seu amor por nós. E não existe pessoa sem vocação! Todos nós temos uma vocação! Portanto, todos nós somos chamados a discernir o que Deus deseja de nós.

Ele pode chamar você para ser padre.
Pode chamar as jovens para serem freiras, ou seja, religiosas consagradas.
Pode chamar o moço e a moça para constituírem uma família.
Deus pode chamar os que são de boa vontade para que, na solteirice de seus dias, se consagrem de corpo e alma em prol do Reino.

Fazer o seu trabalho por fazer é profissão. Fazer por amar e com sentido de viver é vocação.

Deus chama a todos nós! Chama a cada um e a cada uma para servir. Servir quer dizer colocar-se à disposição do outro. E essa é a finalidade de toda vocação: servir os semelhantes. Se não for para servir os que precisam qual o sentido da vocação?

Deus chama homens e mulheres para serem médicos, atletas, assistentes sociais, psicólogos, donas de casa, mecânicos, fuzileiros, jornalistas, ambulantes, advogados ou engenheiros e para tantas outras formas de vocação, para servir os que mais precisam.

Essas profissões, se vividas e assumidas intensamente e com alegria e fé, são verdadeiras vocações. Aqui está a diferença entre vocação e profissão. Fazer o seu trabalho por fazer é profissão. Fazer por amar e com sentido de viver é vocação.

O jovem, de maneira privilegiada é, na atualidade, o destinatário do chamado do Senhor. Pois cheio de entusiasmo e alegria, tem mais condições de responder aos apelos do Reino. Tem a “novidade” necessária para disponibilizar-se aos carentes e sofredores.

Acolha, reflita sobre o chamado que Deus te faz hoje! Reze para responder com generosidade e fé o seu SIM. Procure se conhecer como pessoa chamada por Deus. Ele conta com você Seja um jovem de Deus. Seja um jovem de Maria, modelo de vocacionada![1]



Francisco e a Vocação

Não faltam preces, campanhas, fôlderes, testemunhos, tríduos, ocasiões celebrativas e modelos vivos quando o assunto é vocação. O que falta é vocação. Será que faltam vocações para os estados de vida ou as vocações se reinventam? Não podemos falar de crise vocacional quando aumenta a vocação laical. Há pouca procura para a vida religiosa e sacerdotal, mas muita procura para novas formas de vida e de aliança. Perguntei de modo fictício a São Francisco sobre Vocações, e ele respondeu assim de um modo não tanto fantasioso, mas real:

“Vocação, meu confrade, é a cada momento escutar e procurar entender o poder do Amor de Deus em minha vida e escutar a sua convocação. Ele fala pedindo que eu construa uma casa para guardar a inspiração; e daí sair para o mundo levando a inspiração. Vocação é construir e reconstruir em mim e no mundo um lugar sagrado, e então transformar a minha vida, as pessoas e o mundo. Vocação é escutar que o Senhor me quer vivendo contemplativamente, e agindo profeticamente. “Francisco, vai! Restaura a minha casa!” Escutei isso, abracei o Amor em forma de Cruz e calejei as mãos. Vocação é entender o desejo de Deus sobre mim. “Senhor, que queres que eu faça!” Entrar no mistério e na verdade da voz que me chama é uma intimidade muito especial. Vocação é entrar no coração de Deus e sair daí com a mente e as mãos cheias de motivações e práticas. É encontrar o jeito de Deus agir através de mim, isto é Carisma.

Vocês não estão apaixonados pelo Carisma. Ordens, Congregações e Institutos não precisam de vocações, mas seus Carismas sim! E como precisam! Recuperem o Amor ao Carisma e à Vida Fraterna que as vocações vão surgir. Perguntem se a Vida Fraterna que vocês estão vivendo merece vocações. Eu penso que não. Vocês não tem crise de vocações, mas crise fraterna. Eu amei a inspiração e os primeiros que vieram, Bernardo, Pedro, Silvestre, Clara. Nós amamos o Evangelho e nasceu o Carisma. Apaixonamos pelo Carisma e criamos uma bela convivência! E por causa desta paixão, depois vieram Tomás, Antônio, Inês, Beatriz, Luquésio, Buonadona...Tantos com tanto Amor!”[2]



[1] Adaptado de http://www.a12.com/
[2] FREI VITÓRIO MAZZUCO
Disponível em: http://carismafranciscano.blogspot.com.br/

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