Encontro Fraterno: A Conversão de Francisco de Assis


O encontro fraterno do dia 16 de outubro foi sobre A Conversão de Francisco de Assis. Os jufristas conversaram sobre quando Deus fala conosco através da palavra Dele e viram como foi este contato Dele com nosso Pai Seráfico Francisco.

Mas, embora em seu coração vigorasse continuamente este pequeno fogo do amor divino, sendo ele ainda um adolescente envolvido pelas cuidados terrenos, ignorava o arcano da palavra divina, até que, pousando sobre ele a mão do Senhor (Ez 1,3), foi castigado exteriormente pelo peso de longa doença e interiormente iluminado pela unção do Espírito Santo” (Legenda Menor de São Boaventura).


Ao tratar da conversão de São Francisco no início da Legenda Menor, São Boaventura relembra o processo conversivo do santo. Um aspecto interessante apresentado no texto é a doença que aparece em seu caminho. Ela tem uma função. “a mão do Senhor”. Deus quer a doença? Poderíamos perguntar. Sim e não. Ele não quer que seus filhos sofram, porém as escolhas errôneas levam indubitavelmente à elas. E nesse caso, o que é ruim – a doença – pode ser momento de conversação. Nesse sentido ela pode ser ‘boa’.

A doença aparece como sinal. Possibilidade de mudança. Poderíamos dizer: parada para a reflexão. A partir desse momento, Francisco de Assis começa a voltar mais detidamente para o Senhor. O mal – a doença – se transformou em bem, em encontro. Tal processo não pode por nós ser fantasiado. Ao falamos dessa enfermidade, em momento nenhum podemos entende-la como boa de se “sentir”. É dor mesmo! É mal-estar mesmo! Falamos isso para que superemos algumas concepções atuais de uma espiritualidade anêmica que diz sim para a cruz de Cristo e vive o não ao crucificado.

Por graça de Deus, Francisco inicia uma nova etapa em sua vida. Começa a conhecer melhor a Deus e seu modo de operar. Talvez por isso, tendo descobrindo durante sua enfermidade a possibilidade de encontro, de meditação e reflexão, as dores e cruzes se tornam até mesmo desejáveis. Em nossa concepção usual, isso é loucura ou tido como doença. Porém, parece que assim entendeu o santo de Assis e trilhou os mais altos cumes da santidade como os abismos do humano.

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