Durante os primeiros séculos de sua existência na Palestina, o povo Judeu nunca
chegou a viver próximo da costa marítima. Eles não eram um povo da praia ou
do mar. O mar com suas ondas era profundamente misterioso e os assustava.
O povo vivia mais na parte central nas montanhas e dependente da água da
chuva e das fontes. Em dia de chuva, a água cai de cima, do céu. Nas fontes, a
água sai de baixo, da terra. Além disso, em qualquer direção que você andar,
perto ou longe, é certo que vai esbarrar em água, no mar. Existe água em cima,
em baixo e dos lados. A partir desta observação empírica, eles imaginavam a
criação.
No segundo dia, Deus separou as águas, as de cima e as de baixo, e criou o espaço.
No terceiro dia, cá em baixo, separou o seco do molhado e fez aparecer a terra.
A belíssima poesia do salmo 104 descreve como Deus foi dominando a água e colocando-a a serviço da vida. Antes de ocupar a terra, no século 13 antes de Cristo, o povo era nômade, caminhava no deserto e encontrava vida nas fontes no meio do deserto. Jesus é o Bom Pastor que conduz suas ovelhas para as fontes da vida eterna (Sl 23, Jo 10). Quando desmoronou a monarquia em 587 antes de Cristo e foram destruídos os sinais tradicionais da presença de Deus: o templo, a posse da terra, os sacrifícios, o sacerdócio, Jerusalém, muita gente dizia: Deus nos abandonou e se esqueceu de nós. Mas Jeremias respondia: “Não esqueceu! Não rompeu a aliança conosco!” – “Como você sabe disso?” Por que a chuva continua no tempo certo, as fontes continuam a jorrar, fornecendo água para nós vivermos, os rios continuam a correr para o mar, irrigando a terra (cf. Jeremias 31,35-37; 33,19- 26).
No segundo dia, Deus separou as águas, as de cima e as de baixo, e criou o espaço.
No terceiro dia, cá em baixo, separou o seco do molhado e fez aparecer a terra.
A belíssima poesia do salmo 104 descreve como Deus foi dominando a água e colocando-a a serviço da vida. Antes de ocupar a terra, no século 13 antes de Cristo, o povo era nômade, caminhava no deserto e encontrava vida nas fontes no meio do deserto. Jesus é o Bom Pastor que conduz suas ovelhas para as fontes da vida eterna (Sl 23, Jo 10). Quando desmoronou a monarquia em 587 antes de Cristo e foram destruídos os sinais tradicionais da presença de Deus: o templo, a posse da terra, os sacrifícios, o sacerdócio, Jerusalém, muita gente dizia: Deus nos abandonou e se esqueceu de nós. Mas Jeremias respondia: “Não esqueceu! Não rompeu a aliança conosco!” – “Como você sabe disso?” Por que a chuva continua no tempo certo, as fontes continuam a jorrar, fornecendo água para nós vivermos, os rios continuam a correr para o mar, irrigando a terra (cf. Jeremias 31,35-37; 33,19- 26).
A água é boa para purificar, para matar a sede, irrigar as plantas, para nadar,
para refrescar, preparar a comida, e muitos outros propósitos. É impossível viver
sem água.
A mulher Samaritana tirava água do poço para matar sua sede
todos os dias. Falando com Jesus, ela descobriu uma nova
fonte, dentro dela, jorrando para a vida eterna (Jo 4,14). “Feliz
de quem... encontra o seu prazer na lei de Javé, e medita a sua
lei, dia e noite. Ele é como árvore plantada junto da água corrente: dá fruto no
tempo devido, e as suas folhas nunca murcham. Tudo o que ele faz é bem
sucedido.” (Ps 1)
Referências na Sagrada Escritura: Alguns textos que falam sobre a água e seu simbolismo:
Referências na Sagrada Escritura: Alguns textos que falam sobre a água e seu simbolismo:
- João 7, 37-39, a promessa da água viva.
- João 4,7-14, a água para a vida na conversa com a mulher Samaritana.
- Ezequiel 47, 1-12, a bonita visão da água que corre do templo e irriga tudo.
- Apocalipse 7,17, o cordeiro que conduz para as fontes da água da vida.
- Apocalipse, 22,2, o rio saindo do Novo Paraíso gerando vida em todo canto.
- Gênesis 2,10-13, o rio do Paraíso terrestre gerando os 4 grandes rios do mundo.
- Salmo 107, 23-30, Deus acalma a tempestade das águas do mar (Mc 4,35- 41)
REFLEXÃO TEOLÓGICA
A água é a realidade
primordial cuja importância
e simbolismo toca todos os
níveis da existência. Os
antigos mitos e a ciência
moderna convergem quando
vêem na água o suporte da
vida, o líquido amniótico que sustenta o embrião em
sua evolução e crescimento.
Como componente básico
de todo material orgânico,
água é necessária para a
existência de tudo que vive,
humano, animal ou vegetal.
Sua presença assegura vida e crescimento; sua falta é presságio de morte e abatimento. Água refresca e renova: um poço reanima e restaura os membros cansados e enfraquecidos; uma fonte refresca e acalma o espírito que está oprimido e perturbado; um banho limpa e purifica uma corpo que está sujo e contaminado. Não surpreende que as pessoas escolham lugares próximos à água para as férias a fim de restaurar-se e refrescar-se. A água tem um ciclo todo seu e além do nosso controle. A chuva que cai sobre todos, ricos e pobres indistintamente, nos recorda que a criação é um dom confiado ao nosso cuidado. A água não pertence a ninguém em particular, mas é dada liberalmente para o bem de todos.
No momento em que a política ou economia quisessem bloquear o acesso geral a este direito universal, se inverteria a ordem natural das coisas. “A principal dificuldade da água hoje não é a absoluta escassez, mas a distribuição e as reservas hídricas. Acesso e privação marcam a maioria das decisões sobre a água. É daqui que emergem, em todo o mundo, uma maior ligação entre política da água e ética.”
Na tradição judaica-cristã o rico simbolismo da água encontra um maravilhoso resumo na “Oração sobre a Água Batismal” no rito do batismo. No início da criação o Espírito de Deus pairava sobre as águas fazendo delas a fonte de todo bem. As águas do grande dilúvio eram um sinal das águas do batismo, prefigurando a vida que virá, o fim do pecado e o novo início de toda a criação. Através das águas do Mar Vermelho o Senhor conduziu Israel para fora do Egito. Nas águas do batismo o novo Povo de Deus foi liberado da escravidão do pecado. Através do rio Jordão, o Senhor introduziu os seus escolhidos na terra de Canaã para viver com integridade e paz. Pelas águas do batismo, o povo de Deus peregrino entrou na terra prometida onde justiça e harmonia prevalecem.
Os profetas anunciaram uma purificação futura com a qual seria criado um coração novo e dado um novo espírito. João Batista pregou um batismo de perdão dos pecados e prefigurou dramaticamente a aurora da redenção com o seu rito de lavagem. Para o cumprimento de seu batismo, Jesus morreu na cruz e, com a água e sangue que escorreram do lado do seu peito, ele nos abriu o caminho da salvação. O Batismo não é o rito de passagem para entrar em um clube privilegiado. O seu primeiro compromisso é viver ao serviço de seus irmãos e irmãs e de manifestar a justiça do nosso Deus e Pai, como Jesus fez. Ele é o sacramento pelo qual os fiéis expressam seu compromisso de viver como comunidade repleta do Espírito Santo que revela antecipadamente a plenitude de vida que Deus reserva para toda a criação.
Fonte: http://www.ofm.org/01docum/jpic/water_pt.pdf
Sua presença assegura vida e crescimento; sua falta é presságio de morte e abatimento. Água refresca e renova: um poço reanima e restaura os membros cansados e enfraquecidos; uma fonte refresca e acalma o espírito que está oprimido e perturbado; um banho limpa e purifica uma corpo que está sujo e contaminado. Não surpreende que as pessoas escolham lugares próximos à água para as férias a fim de restaurar-se e refrescar-se. A água tem um ciclo todo seu e além do nosso controle. A chuva que cai sobre todos, ricos e pobres indistintamente, nos recorda que a criação é um dom confiado ao nosso cuidado. A água não pertence a ninguém em particular, mas é dada liberalmente para o bem de todos.
No momento em que a política ou economia quisessem bloquear o acesso geral a este direito universal, se inverteria a ordem natural das coisas. “A principal dificuldade da água hoje não é a absoluta escassez, mas a distribuição e as reservas hídricas. Acesso e privação marcam a maioria das decisões sobre a água. É daqui que emergem, em todo o mundo, uma maior ligação entre política da água e ética.”
Na tradição judaica-cristã o rico simbolismo da água encontra um maravilhoso resumo na “Oração sobre a Água Batismal” no rito do batismo. No início da criação o Espírito de Deus pairava sobre as águas fazendo delas a fonte de todo bem. As águas do grande dilúvio eram um sinal das águas do batismo, prefigurando a vida que virá, o fim do pecado e o novo início de toda a criação. Através das águas do Mar Vermelho o Senhor conduziu Israel para fora do Egito. Nas águas do batismo o novo Povo de Deus foi liberado da escravidão do pecado. Através do rio Jordão, o Senhor introduziu os seus escolhidos na terra de Canaã para viver com integridade e paz. Pelas águas do batismo, o povo de Deus peregrino entrou na terra prometida onde justiça e harmonia prevalecem.
Os profetas anunciaram uma purificação futura com a qual seria criado um coração novo e dado um novo espírito. João Batista pregou um batismo de perdão dos pecados e prefigurou dramaticamente a aurora da redenção com o seu rito de lavagem. Para o cumprimento de seu batismo, Jesus morreu na cruz e, com a água e sangue que escorreram do lado do seu peito, ele nos abriu o caminho da salvação. O Batismo não é o rito de passagem para entrar em um clube privilegiado. O seu primeiro compromisso é viver ao serviço de seus irmãos e irmãs e de manifestar a justiça do nosso Deus e Pai, como Jesus fez. Ele é o sacramento pelo qual os fiéis expressam seu compromisso de viver como comunidade repleta do Espírito Santo que revela antecipadamente a plenitude de vida que Deus reserva para toda a criação.
Fonte: http://www.ofm.org/01docum/jpic/water_pt.pdf
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