Semana Franciscana: São Leopoldo Mandic


Segundo santo franciscano de nossa Semana Franciscana:

São Leopoldo Mandic

Sacerdote da Primeira Ordem (1866-1942). Canonizado por João Paulo II no dia 16 de outubro de 1983

São Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens.

Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884.

A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte.



Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação. Este divino ministério foi, nas mãos de São Leopoldo, uma eficaz arma de salvação para as almas no seguimento pelos caminhos de Deus. Ali, se mantinha a atender as pessoas durante todo o dia, sem uma hora de descanso, sem gozar jamais de quaisquer férias, não obstante o tórrido calor do Verão e o intenso frio do Inverno – na celazinha que servia de confessionário nunca teve aquecimento!

Muito depressa, aquela despida cela se converteu em farol luminoso que atraía almas sem conta, necessitadas de paz e de conforto. Para todos, São Leopoldo tinha palavras de perdão, de paz, de estímulo para o bem. Somente o Senhor sabe quantos foram os penitentes que se vieram ajoelhar aos seus pés durante quarenta anos. Quanto bem ali realizou e tudo no silêncio mais absoluto e no mais profundo escondimento. Nenhuma propaganda em volta dele.



Pedia ao Senhor que pudesse fazer todo o bem possível, mas que ninguém o soubesse. E foi ouvido, porque, nem os jornais, nem qualquer outro meio de propaganda se ocuparam dele. Somente Deus deveria ser glorificado na sua humilde pessoa. Sempre envolto em sofrimento, suportou tudo para a salvação das pessoas que se aproximavam dele. A tudo isso acrescentava ainda penitências ocultas. Não descansava mais de quatro horas por noite.

Em cada uma das pessoas que se aproximava dele via o seu Oriente. Era devotíssimo da Eucaristia. Costumava dizer: “Oh! Se os nossos olhos pudessem ver o que acontece sobre o altar durante a Missa! A nossa pobre humanidade não poderia suportar a grandeza de tamanho mistério (…)”. Era filial e intenso o seu amor à Virgem Maria, a “Padroeira Bendita”.



Chegou aos 76 anos. Um tumor no esófago prostrou-o na manhã de 30 de Julho de 1942, no momento em que se preparava para celebrar a Eucaristia. Naquela manhã, ele mesmo se converteu em vítima sobre o altar do Senhor. As suas últimas palavras foram uma invocação a Nossa Senhora da qual tinha sido sempre devoto.

As vozes e a convicção de todos era que tinha morrido naquele momento um santo. Começaram a invocá-lo para obterem conforto e graças do Céu. O seu corpo, sepultado numa capela junto ao seu confessionário, foi encontrado incorrupto.



A 2 de Maio de 1976, durante o Sínodo da Evangelização, o Papa Paulo VI beatificou-o, em São Pedro, afirmando, nessa altura: “Que o nosso Beato saiba chamar ao sacramento da Penitência, a este, certamente, severo tribunal, mas não menos amável refúgio de conforto, de verdade, de ressurreição para a graça e de exercício para a autenticidade cristã, muitas almas para lhes fazer experimentar as secretas e renovadas alegrias do Evangelho no colóquio com o pai, no encontro com Cristo, na consolação do Espírito Santo”.

ORAÇÕES A SÃO LEOPOLDO MANDIĆ

São Leopoldo, que fostes enriquecido pelo Pai Celeste com tantos tesouros de graça em favor de quantos a Vós recorrem, alcançai-nos uma fé viva e uma caridade ardente, para que permaneçamos sempre unidos a Deus através da sua santa graça.
Glória ao Pai…

São Leopoldo, a quem o divino Salvador fez instrumento perfeito da sua infinita misericórdia no sacramento da reconciliação, alcançai-nos a graça de nos aproveitarmos bem e frequentemente deste sacramento, para ter sempre a nossa alma livre de todo pecado e realizar em nós a perfeição a que Ele nos chama.
Glória ao Pai…

São Leopoldo, vaso eleito dos dons do Espírito Santo, por vós abundantemente derramado em tantas almas, alcançai-nos a graça de sermos libertos dos sofrimentos e das aflições que nos oprimem e de ter a força de completar em nós o que falta à paixão de Cristo.
Glória ao Pai…

São Leopoldo, que durante a vossa vida mortal alimentastes um terníssimo amor para com a Virgem Maria e fostes correspondido com inumeráveis favores, agora que estais felíz junto dela, intercedei por nós pedindo-lhe que olhe para as nossas misérias, e se mostre sempre mãe de misericórdia.
Ave Maria…

São Leopoldo, que tivestes sempre uma grande compaixão para com os sofrimentos humanos e confortastes tantos aflitos, vinde em nosso auxílio; pela vossa bondade não nos abandoneis, mas consolai-nos também a nós concedendo-nos as graças que vos pedimos. Ámen.

Fontes:

http://www.leopoldomandic.it/index.php/san-leopoldo/video-2/espanol/212-novena-a-san-leopoldo-mandic

http://www.franciscanos.org.br/?p=17474

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