A RUA É O LUGAR, a partir da reflexão e símbolo da encruzilhada com suas diversas estradas e caminhos.
Imagine um caminho construído com símbolos: pedras, cartazes, flores, água, terra, galhos secos, etc.
O que está imaginando e o que significa cada um, expressar o seu grito??
Leia em: www.pt.aleteia.org/2015/10/12/catolicos-nao-se-envolvem-em-politica-e-mesmo-entao-digaisto-ao-papa-francisco/
VAMOS SABER MAIS?
O Papa Francisco, na Encíclica Laudato Si (231), nos diz que: “O amor social é a chave para um desenvolvimento autêntico: ‘Para tornar a sociedade mais humana, mais digna da pessoa, é necessário revalorizar o amor a vida social - nos planos político, econômico, cultural – fazendo dele a norma constante e suprema do agir’”. Nos últimos tempos temos visto uma reocupação de um dos espaços mais nobres da vivência desse amor: a rua! Nela transitam todos e todas. Nela os enamorados passeiam de mãos dadas, nela os pássaros se alimentam para voar, nela a galera descobre caminhos. Nela também muitos morrem! Houve momentos na história em que sua construção já foi sinônimo de desenvolvimento. Em outros, seu vazio era a máxima da “ordem e progresso”. Na rua já enfrentamos a cruz, na rua já enfrentamos canhões, mas também na rua já conquistamos casa, na rua já conquistamos trabalho, na rua já conquistamos escola,
universidade, saúde, etc. Também na rua gritaremos juntos e juntas, na vivência do amor coletivo, o nosso simples, possível, justo, necessário e urgente cuidado da Mãe-Terra, nossa Casa Comum. Dela não seremos excluídos! Que a rua seja para a Casa, assim como a Casa será para a rua.
FÉ NA VIDA
Lucas 10 O Bom Samaritano
25 Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: "Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?"
26 "O que está escrito na Lei?", respondeu Jesus. "Como você a lê?"
27 Ele respondeu: " 'Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento' e 'Ame o seu próximo como a si mesmo'".
28 Disse Jesus: "Você respondeu corretamente. Faça isso e viverá".
29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: "E quem é o meu próximo?"
30 Em resposta, disse Jesus: "Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto.
31 Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado.
32 E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado.
33 Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele.
34 Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele.
35 No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'.
36 "Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?"
37 "Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei.
Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo".
OUTROS SABERES
- Identificar em cada Estado, locais que simbolizam a luta dos trabalhadores para instigar as pessoas a participar dos pré-Gritos e Gritos. Construir um ambiente que tenha músicas, microfone aberto para as pessoas se manifestarem e expressar o seu grito.
- Conversar e potencializar a formação dentro dos territórios que atuamos para que em alguns momentos estas pessoas que trabalhamos possam estar nas ruas gritando conosco
- É um momento de chacoalhar a igreja (para esta reflexão usar o vídeo do Papa Francisco para os agentes da Cáritas nesta reflexão – até a parte “eu prefiro uma igreja suja e machucada do que uma igreja de e na sacristia”.
- Trazer a reflexão de que é preciso: reconstruir as nossas organizações tanto nós/povo como os sujeitos da história; devemos pisar no barro – mexer e mudar as estruturas “velhas e enferrujadas” dos sindicatos, igrejas e movimentos
Marchar e Vencer (Ademar Bogo)
Abriu-se para nós
Nesta fresta de tempo ao fim do século
A possibilidade de dizer:
Que fome, miséria e tirania não são heranças
Heranças são as obras, sãos os feitos, são os sonhos
Desenhados pelos pés dos velhos caminhantes
Que plantaram na história sementes de esperança
E nos legaram a tarefa de fazer
Através da luta, o caminho de vencer.
Marchar é mais do que andar
É traçar com os passos
roteiro que nos leva à dignidade sem lamentos.
As fileiras como cordões humanos
Mostram os sinais dos rastros perfilados
Dizendo em seu silêncio
Que é preciso despertar
E colocar em movimento
Milhões de pés sofridos, humilhados em todo o tempo
Sem temer tecer a liberdade.
E nessas marcas de bravos lutadores
Iniciamos a edificação de novos seres construtores
De um projeto que nos levará à nova sociedade.
Marchamos por saber que em cada coração há uma esperança
Há uma chama despertada em cada peito
E a mesma luz é que nos faz seguir em frente
E tecer a história assim de nosso jeito.
A dor, a fome, a miséria e a opressão não são eternas
Eternos são os sonhos, a beleza e a solidariedade
Por estarem ao longo do caminho de quem anda
Em busca da utopia nas asas da liberdade.
As marchas alimentam grandes ideais
Porque grande é o sonho de cada caminhante
Que faz nascer do pranto a alegria
Da ignorância a sabedoria
E das derrotas vitórias triunfantes.
Venham todos! – Dizem nossas bandeiras
Que se balançam como chamas nas fogueiras
E queimam as consciências de nossos inimigos
Que fazem da pátria galhos onde se aninham
Abutres que comem:
Das fábricas os empregos,
Dos hospitais os remédios e a saúde
Das escolas as letras que educariam a juventude,
E da terra o direito de viver a liberdade.
Assim a pátria passa ser de propriedade
Privada, escravizada e obrigada
A entregar aos filhos logo ao nascer
A incerteza de passar o dia e não ver o anoitecer.
Marchar se faz necessário
Para espantar os abutres desta estrada
E construir sem medo o amanhecer.
Pois, se eternos são os sonhos
Eterna também é a certeza de vencer.
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