Colocar a economia a serviço dos povos



A economia assume todo o desenvolvimento tecnológico em função do lucro, sem prestar atenção a  eventuais consequências negativas para o ser humano. As finanças sufocam a economia real. Não
se aprendeu a lição da crise financeira mundial e, muito lentamente, se aprende a lição do deterioramento ambiental. (...) O mercado, por si mesmo, não garante o desenvolvimento humano integral nem a inclusão social.” (Papa Francisco - Encíclica Laudato Si’, N° 109).

Os seres humanos e a natureza não devem estar a serviço do dinheiro. Digamos NÃO a uma economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta economia exclui. Esta economia destrói a Mãe Terra. A economia não deveria ser um mecanismo de acumulação, mas a condigna administração da casa comum. Isto implica cuidar zelosamente da casa e distribuir adequadamente os bens entre todos.” (Papa Francisco - Discurso aos Movimentos Populares, Bolívia, 2015).

Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». Esta economia mata. (Papa Francisco – Exortação Evangelii Gaudium,N° 53).

Diante do risco de uma idolatria do mercado, a Doutrina Social a Igreja ressalta o limite e a incapacidade do mesmo em satisfazer as necessidades humanas que, por sua natureza, não são e não podem ser simples mercadorias (...) Apresentada como fórmula para alcançar o equilíbrio dos gastos públicos, a PEC 241 limita, a partir de 2017, as despesas primárias do Estado – educação, saúde, infraestrutura, segurança, funcionalismo e outros – criando um teto para essas mesmas despesas, a ser aplicado nos próximos vinte anos.” (Nota da CNBB sobre a PEC 241 [PL 55]).

Significa, na prática, que nenhum aumento real de investimento nas áreas primárias poderá ser feito durante duas décadas. Por que esse tratamento diferenciado? A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, beneficia os detentores do capital financeiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública.. (Nota da CNBB sobre a PEC 241 [PL 55]).

Digamos juntos do fundo do coração: nenhuma família sem teto, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem uma veneranda velhice. Continuai com a vossa luta e, por favor, cuidai bem da Mãe Terra.” (Papa Francisco - Discurso aos Movimentos Populares, Bolívia, 2015).

Temos acompanhado muitos retrocessos sociais com o intuito de “ajustar a economia”. Proposta de Emenda Constitucional para limitar investimentos em saúde e educação; reforma da previdência social e das leis trabalhistas dificultando ainda mais a vida dos/as trabalhadores/as; Diminuição de programas de distribuição de renda. Mas, afinal, que economia é essa? A quem ela serve?

Fonte: Subsídio 7ª JORNADA FRANCISCANA NACIONAL PELOS DIREITOS HUMANOS

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